quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

"Coletivo Apronto live from Dry Leaf (Folha Seca)"

Grandes amigos do Coletivo Apronto!! Estou gostando muito das discussões levantadas aqui no blog!!
Gostaria de propor duas coisas:
1) que a gente se reunisse uma vez por mês para um "coletivo apronto" em uma mesa de bar, quem sabe no Folha Seca (que tem tudo a ver com o assunto);
2) que a gente fizesse um bolão do Campeonato Brasileiro 2008 pelo blog (podemos discutir isso no encontro supracitado).
Quem topa? Podemos marcar o "coletivo apronto" para quando? Eu posso neste fim de semana! Vocês podem?

Escala

Gostei da escala feita pelo Vinícius, de 1 a 9. Em especial, a nona categoria, muito bem lembrada. Mas gostei, principalmente, porque analisando por estas escalas nossas opiniões ficariam muito parecidas, comprovando que a discussão só existe por falta de critério.

Por exemplo, no caso de Nilmar, Rafael Sóbis e Daniel Carvalho, eu colocaria o Nilmar como excelente jogador, enquanto os outros dois seriam muito bons jogadores, assim como o Diego. Concordando com o Vinícius, eu também diria que Carlos Alberto e Vagner Love são "apenas" bons jogadores.

Mas faltou ainda abordar a questão do momento. Hoje, o Romário e o Ronaldo "Fenômeno" são craques? Claro que não, embora já tenham sido e assim serão lembrados, com toda justiça. Portanto, quando digo que Pato e Robinho são craques, é pelo o que eles fizeram nestes poucos anos e estão fazendo. Obviamente, não podemos comparar a carreira do Pato com a do Ronaldo.

Para finalizar, alguém lembra do segundo post deste blog? Vou colocar aqui o que nosso grande Vinícius escreveu: "Mas, o fato é que, enquanto eu resmungo, o Pierino tem a chance de ver de perto o verdadeiro talento brasileiro, no Milan, onde Kaká, Ronaldo e Pato (que só é craque porque nasceu no Paraná, e não porque fez uns dois treinos no Inter) começam a dar show".

Independente de escala ou critério, a verdade é que jogadores diferenciados são denominados craques pela imprensa, pelos torcedores, por bloguistas, etc. E ficaria muito chato se não fosse assim.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Craques...

Caros... Sei que sou apenas um torcedor do Botafogo, acostumado a ver jogadores medíocres no meu time. Mas talvez por isso mesmo eu consiga ser mais imparcial do que outros colegas absoluta e compreensivelmente exagerados em relação à verdadeira qualidade de "seus jogadores". Na falta de perspectivas para o meu clube, tenho torcido mesmo é pelo bom futebol, vista ele o uniforme que for.

Diante disso, vamos lá. Talvez a confusão que está sendo criada aqui seja meramente terminológica. Talvez alguns sejam mais parcimoniosos que outros para conferir o título de "craque" a um determinado jogador. Talvez cada um entenda que o termo "craque" deva ser empregado a um nível de futebolista - uns são mais exigentes, outros menos. Os critérios são muitos... O craque precisa ser um grande driblador? Precisa ser goleador? Precisa ser "versátil" (o termo da moda)? Um zagueiro pode ser craque (ou isso é coisa da década de 1950)?

A questão é difícil. Afinal, é quase impossível haver concordância a respeito de índices comparativos. Claro que há as estatísticas. Mas elas também devem ser analisadas com parcimônia. Vejamos. Craque é o jogador que ganha títulos? Então o Vítor, ex-lateral-direito de São Paulo, Corinthians, Cruzeiro, Vasco e Real Madrid (lembram dele, né?), é um dos maiores jogadores de todos os tempos. Ele conquistou quatro títulos da Libertadores (é o único brasileiro com esse handicap), um Mundial Inteclubes, dois Paulistas, duas Copas do Brasil... Craque é o jogador que faz muitos gols? Então o Túlio Maravilha é mais craque que o Ronaldinho Gaúcho!

Ilustro a idéia com um trecho retirado do Blog do Jorge Santana (http://cruzeiro.org/blog):

"Há tempos ouvi o Zico dizer: 'craque é quem desequilibra 9 em 10 partidas'. Por esses dias, Dunga repetiu o que só quem joga sabe. E o que cartolas, torcedores e jornalistas não percebem. Acossado pelas críticas por, vez ou outra, deixar Kaká e R10 no banco, o treinador da Seleção deu seu recado: 'O craque decide 8 em cada 10 jogos; quem decide 2 ou 3 é jogador acima da média, mas não é craque.'"

Acho muito improvável que um dia se chegue a uma fórmula para indicar se determinado jogador é "craque" ou não. Até porque, como já escrevi, penso que o termo "craque" é utilizado de acordo com o nível de exigência de cada um. Um jogador de "bom nível" para um é "craque" para outro.

Enfim, sobre as polêmicas levantadas, especificamente, gostaria de colocar a minha opinião. Acho que craque é o nível máximo que um futebolista pode atingir antes de virar "gênio" (Pelé e Garrincha, apenas, na minha modesta concepção). Para isso, precisa provar, ao longo de algum tempo, que é um jogador de nível alto. Não é uma temporada que outorga ao atleta a alcunha de "craque" - é enorme o número de jogadores que arrebentam em um ano e somem no outro. Há, sim, muitos futebolistas - sobretudo no Brasil - que têm muito talento e potencial. Mas talento e potencial não são suficientes. Exemplo: o Denilson, aquele que só dribla, tem um talento excepcional e tinha um potencial absurdo (o Bétis apostou milhões nisso), mas nunca chegou a ser craque.

Para mim, o Pato tem um talento formidável, que salta aos olhos. Um diamante bruto. Mas ainda precisa amadurecer um tanto até se tornar craque - discordo do Vellinho quando diz que o Robinho e o Kaká já eram craques no Santos e no São Paulo. Aliás, eu tenho mais confiança de que o Pato vai virar um tremendo craque do que tinha em relação ao Robinho e ao Kaká - o Robinho, por sinal, eu só vou afirmar que é craque se continuar jogando a bola atual e levar o Real ao título espanhol. Acho que o Pato tem tudo para ser o grande jogador brasileiro (e mundial, ao lado do Messi) dos próximos dez anos. Mas vamos com calma. Ainda não o é.

Sobre outros nomes que surgiram, dou-lhes o meu pitaco - para mim, a escala é: 1) gênio; 2) craque; 3) excelente jogador; 4) muito bom jogador; 5) bom jogador; 6) jogador mediano; 7) jogador ruim; 8) perna-de-pau; 9) o Giba, aquele nosso amigo que não sabe com qual dos dois pés chuta:

- Os ex-colorados Nilmar, Daniel Carvalho e Sóbis são muito bons jogadores. Não craques;

- O Diego (ex-Santos) eu acho um jogador muito bom. Não craque. Mas, de fato, eu também acho que ele estava "mais pronto" do que o Robinho, quando surgiu no Santos. Hoje, contudo, o Robinho amadureceu, deixou de ser apenas o magrelinho das pedaladas, e é quase craque;

- Do Vágner Love eu nunca gostei. É um jogador bom (e olhem lá);

- O Carlos Alberto é um bom jogador, mas um "fanfarrão".

- Me recuso a falar de Gustavo Nery.

PS: Notem que não envolvi o termo "ídolo". Isso é outra coisa. É reconhecimento da torcida, só. O Gattuso é ídolo da torcida italiana e, para mim, não entrava nem no nosso time de society, das quintas à noite.

Esperar o quê?

Este assunto sobre craques e ídolos é tão interessante e polêmico que não vou fazer apenas um comentário, mas sim um texto sobre o tema.

Em primeiro lugar, Pato é craque. Assim como o Robinho já era na época do Santos, o Ronaldinho nos tempos de Grêmio e o Kaká quando ainda era garoto no São Paulo. Craque é craque, não importa a idade.

Em segundo lugar, já que foi mencionado os tempos da faculdade, quando eu me referia a Nilmar como craque (engraçado como ele passou a ser bem melhor analisado quando jogou no Corinthians), também lembro de comentários de meus colegas. Recordo bem que alguns diziam que Diego era mais jogador que Robinho (era um "jogador pronto", diziam), outros que Vagner Love era um baita atacante. Sem falar em Carlos Alberto, Roger, Lenny, Gustavo Nery... Não é uma crítica, acho que é assim mesmo que deve ser. Não sabemos se estaremos aqui discutindo futebol quando Pato tiver 30 anos e a carreira consolidada. O que temos é o presente, e, hoje, o cara é foda.

Quem tem que esperar e ir devagar, com calma, é o jogador e, talvez, o treinador (embora eu ache que o Ancelotti está certíssimo em colocá-lo como titular, enquanto o Dunga só está perdendo tempo ao não convocá-lo para a seleção principal). Nós, meros amantes do esporte, temos que deixar de lado esta frescura e nos empolgarmos com o futebol bem jogado, independente do time que jogue ou da idade do cidadão.

Obs: Só para não ficar sem uma cutucada, acho que não são os colorados que sofrem do "mal" de elogiar os jogadores. Talvez sejam os flamenguistas que, nos últimos anos se acostumaram a ver apenas jogadores medíocres no seu time, e não conseguem mais diferenciar os atletas. Quem sabe quando surgir um jogador com grande potencial no Mengão (como Nilmar, Daniel Carvalho, Rafael Sóbis e Pato), a mente fique mais aberta.

Pelé, Maradona e Pato

Depois de uma breve ausência para cuidar de questões particulares, volto à tribuna para elogiar a postagem (espero que seja a primeira de muitas) do meu grande amigo Pierino. Foi, sem dúvida, até este momento, o assunto que mais discussão rendeu. Não poderia faltar ao debate.
Deixo de lado o factóide sobre o melhor jogador ARGENTINO de todos os tempos. E aqui cabe voltar um pouco ao passado. Uma passagem do Pelé pela capital paranaense ilustra bem o que penso a respeito da falsa polêmica.
Não sei precisar o ano ao certo. Pelé estava em Curitiba para anunciar o lançamento da parceria com o Hospital Pequeno Príncipe. Para lá se mandou o repórter Marcio Reinecken, da Gazeta do Povo, com a incumbência de entrevistar o Rei. A última pergunta (comentário) da pauta era mais ou menos essa: Pelé, depois daquela troca de passes de cabeça com o Maradona (durante o programa de televisão do Dieguito em Buenos Aires), quem tinha dúvida agora tem certeza de que você foi o melhor. Você devolvia a bola certinha, já o Maradona...
Resposta do Rei: Você precisou esperar até agora para saber quem foi melhor???
Risos na platéia. A frase ganhou destaque no Sportv, ESPN Brasil e Placar.
Pobre Marcio Reinecken, até hoje sofre com as brincadeiras...
Bom, mas a polêmica trazida pelo Pierino é outra. E bem mais interessante para mim. Por que diabos temos a péssima mania de acelerar o processo? De transformar em craque quem sequer saiu das fraldas?
Alexandre Pato não é ídolo no Milan. Ainda. Não é craque. Ainda. Vamos devagar com o garoto, que já demonstrou ser diferenciado. Só que para atingir o status do Maldini – ou do Sheva para ficar no exemplo do Pierino – falta um longo caminho.
Tenho dúvidas em certos momentos. Será que essa pressa toda é mal de colorado? Só pode ser. Até hoje lembro dos comentários elogiosos do Marcelo sobre o Nilmar – sem dúvida um bom jogador, mas que ainda não confirmou tudo o que esperavam dele (faço os devidos descontos por causa da série de lesões). E o Saci dizendo que o Daniel Carvalho era o Pelé branco?!?
Assim não dá. Deixem o Pato jogar bola. Só isso. O tempo se encarrega de mostrar quem é quem.
Para os mais apressadinhos, sugiro a leitura do coluna do Tostão, às quartas e domingos na Gazeta do Povo e Folha de S. Paulo.

sábado, 26 de janeiro de 2008

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Eu tentei...

Sobre o texto do Veríssimo: EU SABIA!! O Inter, campeão do mundo? Tinha que ter diabo na história... O pior é que eu mandei um e-mail para o 666@belzebu.com, pedindo um título mundial para o Botafogo, mas o chifrudo me respondeu assim:

"Da Presidência da República do Inferno

Prezado Vinícius André Dias, portador da alma de n.º 3.444.987.686.690.905.

Infelizmente, não conseguirei atender ao seu pedido. Por dois motivos. O primeiro decorre do disposto no artigo 3.420, do regulamento 666-B, assinado no Fórum Céu-Inferno, realizado no Purgatório, em 2001, por representantes do Paraíso e das Trevas. Diz o tal artigo:

" Art. 3420 - O Diabo não pode impingir aos seres, humanos ou não, sofrimentos piores do que: a) ser empalado diariamente, por 100 anos consecutivos, em um tronco de madeira cheio de farpas com mais de 30 centímetros de diâmetro; b) ser cortado em fatias com menos de 0,5 centímetros de espessura por objeto similiar às facas de plástico de festas infantis; c) ser torcedor do Botafogo de Futebol e Regatas, a partir da década de 1970.
Parágrafo único: Em relação ao disposto na alínea anterior, o torcedor botafoguense não pode ser condenado ao inferno, uma vez já tê-lo vivido na Terra."

Como o sr. pode notar, não posso receber sua alma alvinegra como contraprestação relativa ao pedido feito. Mas isso não impediria o negócio. Poderíamos fazer, em três vias de documento assinado com sangue pelo sr. e por duas testemunhas, uma "Confissão de Vira-Casaca", em que o sr. atestaria ter deixado de torcer pelo Botafogo e passado a ser fã de outro time (que não o Corinthians, pois esse, diante dos acontecimentos recentes, pode vir a fazer parte do rol descrito no artigo supracitado, se aprovado o projeto de lei de autoria do Diaboputado Nicodemo Fiel, do PT - Partido das Trevas). Enfim, esse probleminha legal poderia ser resolvido, com um "jeitinho diabreiro".

O que, de fato, impossibilita o negócio é o objeto de seu pedido, um título mundial para o Botafogo de Futebol e Regatas. Comovido com sua fé em um time como esse (até eu, o Capeta, fico emotivo quando vejo algo assim), far-lhe-ei uma revelação: o título mundial do Botafogo é um dos sinais do Apocalipse. Está escrito em nossos arquivos secretos. "Os três últimos sinais antes do Fim dos Tempos serão os mais esdrúxulos. O primeiro será a paz no Oriente Médio. O segundo será a diminuição radical da taxa de juros brasileira, para menos de 1%. O terceiro será o título mundial do Botafogo Futebol e Regatas. Após tantos acontecimentos improváveis, virá o Fim". Até lá, título mundial para o Fogão, só por Deus, meu caro. Só por Deus.

Atenciosamente,

O Diabo."

Djokovic é o cara!

Como eu havia escrito, o Federer sofreu na partida contra o Djokovic, na manhã desta sexta-feira. Mas não foi para vencer o magrelo sérvio que o suíço sofreu - o que eu profetizei em um blog anterior. Foi para perder. Sem exibir seu melhor jogo, Federer teve chances no primeiro e no terceiro sets, mas não as conseguiu aproveitar. Com a vitória, "Nole" Djokovic chega a sua segunda final consecutiva de Grand Slam e se afirma como mais um dos grandes do tênis atual. A final do Australian Open 2008 é um lufar de ares novos no circuito mundial: além de Djokovic, chega à decisão o francês Tsonga, que sequer era cabeça-de-chave do torneio. Teremos neste ano mais protagonistas e não meros coadjuvantes de Federer e Nadal? É o que parece.


Aliás, o Djokovic já caiu no gosto da galera. O sérvio é uma figuraça. Não bastasse ele parecer um personagem de desenho animado (magrelo, narigudo e desengonçado), o cara ainda faz imitações de atletas do circuito e outras palhaçadas (quer vê-lo cantando "I will survive"? Acesse: http://www.youtube.com/watch?v=FAt0O-RkRwk&feature=related) - a Sharapova ficou ofendida com a imitação que ele faz dela. Veja algumas imitações: http://www.youtube.com/watch?v=VM6RUfeGLIE&feature=related / http://www.youtube.com/watch?v=xYA_7RUSarU&feature=related





Apesar de não gostar das imitações que Djokovic faz de seus trejeitos, a Sharapova parece gostar do microfone dele... Só falta os dois serem campeões do Australian Open 2008 e saírem para comemorar...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Meus dois pedidos

Belo texto (mais um) do nosso Luís Fernando Veríssimo, publicado originalmente na edição de hoje dos jornais O Globo e Gazeta do Povo. Sempre vale a pena ler, ainda mais quando o escritor colorado resolve falar de futebol - mesmo que parcialmente.


Agora posso contar. Fui eu que consegui a vitória do Internacional no campeonato mundial inter-clubes, no Japão, em 2006.

Foi assim. Recebi uma oferta do Diabo pela minha alma. Veio por e-mail, de sorte que nem vi a sua cara. Ele procurava na internet pessoas dispostas a trocar sua alma pelo que quisessem. Respostas para 666@belzebu.com. A pessoa empenhava sua alma ao Diabo, para entregar na saída, e em troca poderia pedir duas coisas. Mas só duas coisas.

Perguntei como eu poderia ter certeza que ele cumpriria a sua parte no trato. Depois da minha alma empenhada, contrato assinado com sangue, etc,. ele poderia simplesmente não atender os meus pedidos. Ele propôs que fizéssemos um teste. Que eu pedisse alguma coisa impossível. Que o meu pedido fosse um delírio, algo totalmente fora da realidade. Se ele cumprisse o prometido, eu saberia que sua oferta era para valer. E só então lhe entregaria a minha alma. Concordei.

Qual seria o meu primeiro pedido? Pensei imediatamente no Internacional. Está certo, antes pensei na Luana Piovani, mas aí achei que poderia dar confusão. Em seguida pensei no Internacional. Um campeonato do mundo para o Internacional! Decisão contra o Barcelona. Sua resposta veio num e-mail conciso:

– Feito.

E foi o que se viu. Vitória sobre o Barcelona contra todas as probabilidades. Inter campeão do mundo. O trato com o Diabo era, por assim dizer, quente. E eu podia fazer meu segundo pedido. Um bicampeonato do mundo para o Inter? Conclui que estava sendo egoísta demais. Estava pensando só na alegria dos colorados – e passageira, pois não poderia pedir vitórias do Internacional em todos os campeonatos, para sempre – e esquecendo o meu país. Deveria pedir, pela minha alma, algo que desse alegria a todos, inclusive gremistas. O quê? Quero que o Brasil se transforme num país escandinavo. Agora! Um país organizado, sem crime, sem fome, sem injustiça, sem conflitos, magnificamente chato. Era isso: minha alma por um país aborrecido!

Foi o que botei no meu e-mail para o Diabo. Ele respondeu perguntando se eu tinha pensado bem no que estava pedindo. Eu deveria saber que a adaptação seria difícil. A conversão da moeda, a língua, o frio, os hábitos diferentes... E que seria impossível preservar tudo o que nos faz simpáticos, e criativos, e divertidos – enfim, brasileiros no bom sentido – sem a bagunça e o mau caráter. Ou ser escandinavo só durante o expediente e brasileiro depois. Era mesmo o que eu queria? É, respondi. Chega desta irresponsabilidade tropical, desta indecência social disfarçada de bonomia, desta irresolução criminosa que passa por afabilidade, deste eterno adiamento de tudo. Faça-nos escandinavos, já!

O Diabo: “Tem certeza? Já?”

Eu: “Bom... Depois do carnaval”.

Madrugadas na Austrália

Minhas madrugadas têm sido reservadas aos jogos de tênis do Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam do ano. Algumas considerações sobre o que assisti até agora:
- Ao contrário de alguns outros esportes, o tênis é tão emocionante, bem jogado e, sobretudo, interessante de se assistir em sua categoria feminina quanto na masculina. Digo isso porque nunca tive saco para assistir a uma partida de vôlei feminino da liga nacional, por exemplo (as da seleção eu assisto, mas as amareladas em decisões recentes me deixaram meio sem paciência). Ou uma partida de basquete feminina (nem as da WNBA eu suporto). Esses dois esportes, assim como o futebol (salvo os jogos da seleção brasileira, comandada pela Marta) e outros tantos - para não dizer todos - são incomparavelmente melhores de se assistir no masculino do que no feminino. O tênis também é um pouco assim, mas muito, muito menos... Até (e principalmente) porque as partidas femininas de tênis apresentam algumas mulheres maravilhosas, com roupinhas curtas e gritinhos sinfônicos... E mesmo colocando de lado o fator "beleza" (o que é impossível), as moças jogam tênis de maneira muito competitiva e vistosa, quase no nível dos homens (com menos força, é lógico). A FINAL FEMININA DO AUSTRALIAN OPEN, ENTRE AS BELAS IVANOVIC E SHARAPOVA, É IMPERDÍVEL!!!
- No ano da aposentadoria de Guga, surge uma estrela, vinda da terra onde o tenista brasileiro fez fama: a França. É Jo-Wilfried Tsonga, 22 anos, um gigante (literalmente: o cara tem 1,88m e 90 kg) em quadra! O cara arrebentou com o Nadal (6-2; 6-3; 6-2) na semi e vai com tudo para pegar o Federer (que vai sofrer, mas deve bater o magrelo sérvio Djokovic, na manhã de sexta-feira) na final! Mais um jogaço à vista. O Tsonga é franco-atirador e, se não sentir a pressão da Rod Laver Arena no último jogo e jogar o que jogou contra o Nadal (que qualificou a atuação do francês como "inacreditável"), vai bater o Federer. Anotem o que estou escrevendo!!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A convocação do Dunga

Dunga convocou hoje a seleção brasileira. Dez atletas com idade para participar do time olímpico. Bons nomes, especialmente do zagueiro Breno, dos meias Hernanes e Anderson, e do atacante Alexandre Pato. Não sei por que, mas algo me diz que, enfim, poderemos conquistar o único título que ainda falta ao Brasil - como gosta de dizer o irritante Galvão Bueno.
Acredito, ainda, que os zagueiros Rhodolfo (Atlético) e Henrique (ex-Coritiba, agora no Palmeiras) e o meia Pedro Ken (Coritiba) podem brigar por uma vaguinha no grupo liderado pelo capitão do tetra. Como último detalhe, e que não pareça perseguição ao companheiro Marcelo, não consigo confiar no Renan no gol.
Segue a lista de convocados:

GOLEIROSJúlio César
(Inter/ITA)

Renan*
(Internacional-RS)
LATERAISMaicon
(Inter/ITA)

Rafinha*
(Schalke/ALE)

Marcelo*
(Real Madrid/ESP)
ZAGUEIROSLúcio
(Bayern/ALE)

Luisão
(Benfica/POR)

Breno*
(Bayern/ALE)

Alex
(Chelsea/ING)
MEIASGilberto Silva
(Arsenal/ING)

Hernanes*
(São Paulo)

Josué
(Wolfsburg/ALE)

Lucas*
(Liverpool/ING)

Richarlyson
(São Paulo)

Anderson*
(Manchester/ING)

Thiago Neves*
(Fluminense)

Kaká
(Milan)

Júlio Baptista
(Real Madrid/ESP)
ATACANTESAlexandre Pato*
(Milan/ITA)

Robinho
(Real Madrid/ESP)

Luís Fabiano
(Sevilla/ESP)

Rafael Sóbis*
(Betis/ESP)
* Idade olímpica.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Previsão espetacular!

Não sei se meus caros colegas de blog já tiveram a oportunidade de ver esse vídeo. É impressionante a coinscidência. O humorista André Damasceno (aquele mesmo que fazia o gaúcho na Escolinha do Professor Raimundo) aparece neste programa da RBS, gravado nos anos 80, imitando um famoso colunista gaúcho, o Paulo Santana (gremista fanático).

Se eu tivesse visto esse vídeo, anos atrás, não precisava ter sofrido tanto. Era só sentar e esperar!!! Hehehe...

O time pouco (ou nada) confiável

Passei o domingo entre planos para sacramentar o noivado e assistindo futebol na TV. Por isso a minha ausência (não sentida) ontem nesta democrática e sincera tribuna de debates. Lá pelas tantas, entre um e outro pedaço de bolo de chocalate feito pela minha sogra, dona Elaine, resolvi queimar a cabeça tentando escalar uma seleção de jogadores pouco confiáveis. Aqueles que adoram fazer lambança ou são ex-jogadores em atividade como diria o PCV.
Segue a formação do time em que eu não aposto um vintém sequer:
1- Max (Botafogo)
2- Jancarlos (Atlético)
3- Betão (Santos)
4- Irineu (ex-Flamengo)
6 - Athirson (ex-Cruzeiro)
5 - Sandro Goiano (Sport, ex-Grêmio)
8 - Marcinho Guerreiro (Santos)
10 - Léo Lima (Palmeiras)
11 - Lopes (aquele mesmo, ex-Palmeiras. Aonde está???)
7 - Edmundo (ex-Palmeiras. Vale o custo-benefício???)
9 - Viola (Duque de Caxias)
Técnico: Jair Picerni ou Valdyr Espinosa ou Mauro Fernandes ou Celso Roth ou ...

Claiton e o Atletiba

Resquícios do Atletiba. Não assisti o jogo na íntegra. Acompanhei, sim, umas três ou quatro vezes os melhores momentos do maior clássico paranaense. O Coritiba foi melhor no primeiro tempo, mas não fez gol. Aí brilhou o talento deste colombiano Ferreira. E, aos 47 do segundo tempo, eis que surge quem em alta velocidade pela direita e dá o gol para Alan Bahia??? Quem, quem??? Ele mesmo, o incansável Claiton.
Aqui peço ajuda dos meus fiéis companheiros de blog. Será que só eu que não consigo ver todo esse futebol no veterano volante, com passagens por Internacional, Santos, Botafogo e Flamengo??? Ou será que o clone do Compadre Washington comprovorá que o seu futebol (ou seria marra???) tem prazo de validade, frustrando a momentânea paixão dos atleticanos??? Aceito sugestões.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Resumo do final de semana

Rápido resumão do que aconteceu neste final de semana no mundo da bola, mais especificamente no Brasil! Como é normal em início de temporada, nenhuma equipe empolgou sua torcida até o momento e ainda é cedo para fazer qualquer tipo de prognóstico baseado apenas no futebol que vem sendo jogado.

- Campeonato Paulista:
O São Paulo venceu sua segunda partida (1x0 sobre o Rio Preto, em casa), com gol de Souza no finalzinho do jogo. Adriano, que fazia sua estréia no Morumbi, não brilhou, perdeu gol, mas mostrou que pode ser bastante útil ao time de Muricy. O melhor time do país em 2007 está começando a se esquentar. Já o Corinthians decepcionou e tomou 3x1 do São Caetano. Na minha opinião, o time ainda é fraco como o do ano passado. Talvez o milagreiro Mano Menezes (que já levou um time medíocre à final de Libertadores) possa arrumar a casa no decorrer da temporada. Por fim, Palmeiras e Santos fizeram um jogo chato, com uma ou outra chance de gol, que terminou num justo 0x0. As duas equipes ainda estão sendo ajeitadas pelos novos treinadores.

- Campeonato Carioca:
A decepção ficou por conta do Vasco, única das quatro grandes equipes a perder na estréia do certame (1x2 contra o Madureira). No papel, é de longe o mais fraco dos tradicionais clubes. Os favoritos Fluminense e Flamengo venceram seus jogos, ambos por 2x0, em casa e contra adversários fraquíssimos (Cardoso Moreira e Boa Vista, respectivamente). O Botafogo, para manter o padrão, também fez 2x0, no Resende, jogando no belo Engenhão.

- Campeonato Gaúcho:
O Grêmio estreou melhor que o Inter, vencendo sua partida por 3x0, no Olímpico, contando duas vezes com a ajuda do goleiro do XV de Novembro. Apesar do time sem reforços e com um treinador desconhecido, a vitória foi tranqüila. Já o Inter ficou no empate em 2x2 contra o xará, de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul. Apesar das diversas chances de gol perdidas pelo colorado e da marcação de um pênalti duvidoso a favor do time da casa, tenho certeza (e digo com conhecimento de causa) que o torcedor do Inter ficou chateado com a apresentação do time. Mesmo assim, a expectativa para o ano é grande, principalmente pelo elenco formado e pelo que mostrou na pré-temporada asiática.

- Campeonato Paranaense:
No clássico Atletiba, melhor para o rubro-negro. Vitória de 2x0 em pleno Couto Pereira. Como é de praxe em jogos entre Atlético e Coritiba, houve confusão entre torcedores e a polícia teve que interceder. No campo, o Coritiba foi melhor no primeiro tempo, mas não traduziu a superioridade em gols. Bom para o Furacão, que voltou do intervalo mais ligado e fez 1x0 com Ferreira, na metade do segundo tempo. Até o fim do jogo, o Coxa pressionou em busca do empate, mas foi o rubro-negro quem marcou no finalzinho, decretando o 2x0, com Alan Bahia. Até o momento, o Atlético mostra que é o favorito ao título estadual. Tem o melhor time e uma vitória em clássico sempre empolga o grupo e a torcida. Por sua vez, o Paraná tropeçou novamente e empatou pela segunda vez com seus jogadores titulares, desta vez jogando contra o Cianorte, no interior. Com três pontos em quatro jogos, o tricolor já é vice-lanterna.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Milton Leite X Vanderlei Luxemburgo

Depois da briga ao vivo entre o goleiro Rogério Ceni e a comentarista Milly Lacombe, nova discussão esquentou o programa Arena Sport, na última sexta-feira, dia 18 de janeiro. Desta vez, o arranca-rabo foi protagonizado pelo jornalista Milton Leite e o treinador do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo.

Tudo começou quando Milton Leite foi indagado a comentar sobre a contratação do jogador Léo Lima pelo Palmeiras. O comentarista critica o currículo do meio-campista e faz uma observação polêmica, dizendo que "leva a gente a desconfiar de que tem outras coisas por trás desse tipo de negociação".

Vídeo deste trecho: http://br.youtube.com/watch?v=CEGMsdHIyMM

Na volta do intervalo, Luxemburgo liga para o programa e entra ao vivo. Logo de cara, explica o porquê da contratação. Esclarece que, anteriormente, quando estava no Santos, dispensou Léo Lima porque ele recebia um salário muito alto (cerca de R$ 120 mil) e era apenas um jogador que compunha o elenco. Agora, segundo o treinador, Léo Lima irá receber R$ 50 mil, sendo que deste montante, R$ 20 mil é o salário fixo e o restante irá depender de sua produtividade no time.

Quando parecia que o assunto estava concluído, o apresentador Cléber Machado pergunta se Luxemburgo tem alguma coisa a acrescentar. O treinador aproveita para avisar que seu advogado irá analisar a fita do programa e processar Milton Leite, afirmando que ele terá que explicar o que quis dizer. Na sequência, ainda diz que o jornalista o persegue.

Vídeo da participação de Luxemburgo: http://br.youtube.com/watch?v=JvktFXLdeH0

Parte final (bate-boca): http://br.youtube.com/watch?v=V5YXFmN9_qo


Obs: Para quem não se lembra, aqui estão os links da discussão entre Milly Lacombe e Rogério Ceni.

Parte 1: http://www.youtube.com./watch?v=TWoBWKBALRM

Parte 2: http://www.youtube.com./watch?v=OnSkFnFjsSs

Domingo é dia de ATLETIBA!!!

Domingo é dia de Atletiba. Depois de quase um ano, o maior clássico do estado volta a agitar Curitiba. Um alento em meio ao modorrento e fraco Campeonato Paranaense. Do lado rubro-negro, gosto muito dos zagueiros Antônio Carlos e Rhodolfo; do volante Valencia; e do meia-atacante Ferreira. Já no Coritiba, destaco os piás Henrique (de partida para o Palmeiras), Pedro Ken e Keirrison. Promessa de fortes emoções e muita festa no Couto Pereira.
Não gosto e nem costumo ficar em cima do muro. Por isso, acredito que o fator Couto Pereira e o bom começo de trabalho de Dorival Júnior devem beneficiar o Coxa. Neste quesito, técnico, compartilho da opinião do Leonardo Mendes Júnior: dos nomes que vinham sendo especulados, o ex-cruzeirense, sobrinho do grande Dudu (um dos principais jogadores da história do Palmeiras), foi a melhor opção para o Alviverde.
Pude entrevistá-lo algumas vezes, e gostei muito do que ouvi. O ex-volante, com passagem pelo próprio Coritiba na década de 80, me pareceu sensato e coerente.
A sorte está lançada!!!

Flu: apenas o suficiente

Acabei de assistir a estréia do Fluminense no Carioca - 2 x 0 sobre o esforçado Cardoso Moreira, com gols de Thiago Neves e Cícero. Apesar de todas as concessões que se deve fazer a um time em começo de temporada, esperava mais do Tricolor carioca. Principalmente dos reforços.
Gustavo Nery: só para variar, foi mal. Cansou já no primeiro tempo. Saiu no meio da etapa final sem fazer uma jogada interessante sequer.
Ygor: briga muito, mas não sabe o que fazer com a bola nos pés.
Leandro Amaral: foi o que mais lutou. Quase fez um gol e não parou de correr.
Washington: o Coração Valente, apesar de cabecear uma bola no travessão, passou em branco. Mas, como dizia em seus tempos de Atlético: "Não costumo ficar dois jogos sem marcar". É aguardar para ver se a promessa ainda está em pé.
Estou curioso para ver esse time com o Dodô, que não jogou por estar suspenso. Com o trio de atacantes e mais Thiago Neves, quem vai marcar???

Criatividade

É impressionante a criatividade de alguns dirigentes de futebol na hora de destacar feitos "relevantes" de seus clubes. A "Batalha dos Aflitos", relembrado pelo Vinicius em seu último comentário, é um exemplo.

Fico imaginando como seria o termo criado pelos gremistas se fosse o time deles que tivesse batido o todo-poderoso Barcelona, na final do Mundial de Clubes da Fifa, em 2006, considerado na época o melhor time do mundo, com Ronaldinho Gaúcho no melhor momento de sua carreira. Ao invés de batalha, acho que chamariam de "Terceira Guerra Mundial"!!!

Mas, é a vida. Cada um tem o título que merece. Vencer o gigante Náutico, lá nos Aflitos!!! Com mais de 10 mil torcedores no estádio, incentivando a máquina alvi-rubra, é um feito e tanto. E mais, valendo o título da consagradíssima Série B do Campeonato Brasileiro, a divisão de acesso. Impressionante. Tão impressionante, que valeu até a produção de um DVD.

Só achei estranho que, apesar dessa vitória magnânima, a diretoria do Grêmio não colocou uma estrelinha na camisa. Justo eles, que têm estrela até por causa de uma vitória contra o Hamburgo (ou seria Hambúrger), numa partida amistosa patrocinada por uma montadora de veículos, cujo troféu foi entregue pelo dono da empresa. Esta seria a "Batalha do Mc´Donalds"?

O melhor Carioca de todos (os últimos) tempos!!!

Enfim, vai começar o Campeonato Carioca. Promessa de muitos gols, Maraca lotado e gente bonita. Sem Caixa d´Água (e apesar de os grandes só jogarem na capital), espero muito desta edição da Guanabara (era assim antigamente). Cravo, humildemente, minhas fichas da dupla Fla Flu. Mesmo com os dois times com os olhos voltados para a Libertadores. O Botafogo corre por fora. Já o Vasco do professor Romário e do camisa 10 Beto "Cachaça" precisa se cuidar para não terminar 2008 do mesmo jeito que o Corinthians encerrou 2007. De qualquer maneira, eu já comprei o meu pay per view.
Segue uma breve análise dos quatro favoritos:

Botafogo: O time deste ano é pior do que o do ano passado, marcado por sempre refugar na hora H. Saíram Joílson, Juninho, Zé Roberto, Reinaldo, Dodô... E até agora os reforços (já são 14!!!) não me convenceram. Isso sem contar a eterna busca por um goleiro confiável e o efeito Cuca (prometo para logo um comentário específico sobre o Alexi Stival). Precisa voltar a sonhar grande.

Flamengo: Contratou bem, muito bem eu diria. Nem parece que o Kléber Leite continua na Gávea. Gostei da chegada do Rodrigo, Jônatas, Kléberson e Marcinho. Só ficou faltando mesmo um atacante mais ousado para jogar ao lado do Souza. Sugeriria três nomes, pela ordem de preferência: Liédson, Nilmar e Deivid (Fenerbahçe). Aí sim o Mengão teria condições de brigar de igual para igual com qualquer equipe da América. O jeito é apostar no menino maluquinho Diego Tardelli (filho do grande Tadeu, ex-Paraná, Londrina, Matsubara) e torcer para o ex-são- paulino repetir os feitos de 2005.

Fluminense: Contratou um dos melhores "fazedor de gols" que já vi jogar: Washington, o Coração Valente. Poderia ter se contentado apenas em "roubar" o talentoso Leandro Amaral de São Januário. Pronto, a dupla de ataque estava formada. Mas quis ainda o Dodô. Sei não. No primeiro jogo em que um deles começar na reserva... Problemas para o Renato Gaúcho. Para encerrar, pego emprestada uma frase do grande Leonardo Mendes Júnior, editor de esportes da Gazeta do Povo: "Estava botando fé no Flu, mas os caras me contratam o Gustavo Nery." É, parece que o Laranja Podre não agrada mais ninguém. No papel, o time é forte.

Vasco: O time do Eurico Miranda merece mais. Não dá para chegar em 2008 brigando para contratar o Animal Edmundo e dar a 10 para o Beto "Cachaça". Daqui a pouco chega o Odvan e o Mauro Galvão... E o Romário como técnico??? É piada, que só o seu grupinho de radialistas costuma rir nas coletivas. O jeito para os cruz-maltinos é apostar no atacante Alex Teixeira. O garoto parece ter talento.

Brucutation Football Club

O Brucutu Futebol Clube, listado pelo Marcelo, é um verdadeiro time forte!! Hehehe... Só uma consideração: jogar que nem homem não é ser violento!! O futebol gaúcho é prolífico em "cavalos", mas até dá exemplos do que é jogar com hombridade - o mais recente deles é o espisódio conhecido como "a batalha dos Aflitos", protagonizado pelo Grêmio!

Sugiro agora uma seleção internacional (algumas informações retirei do Blog do Santana - www.cruzeiro.org/blog -, que, por sua vez, as retirou de La Gazzetta dello Sport):

Goleiro: Andoni Goikoetxea, basco, conhecido como "O Açougueiro de Bilbao" por ter quebrado o tornozelo de Maradona, quando o argentino jogava pelo Barça, em 1983. Se bem que quebrar o Maradona...

Lateral direito: Michel Salgado, espanhol, aquele que quebrou o Juninho Paulista às vésperas da Copa de 98.

Zagueiros: Marco Materazzi, italiano (vejam os últimos minutos do filminho que está neste link http://www.youtube.com/watch?v=G9c3uLr7wdQ e vejam o porquê), e John Terry, inglês, que tem mais cartões vermelhos do que passes em sua carreira.

Lateral esquerdo: Leonardo, brasileiro, só por causa daquela cotovelada que quase deixou o Tab Ramos, jogador estadunidense, inválido, na Copa de 94.

Volantes: Diego Simeone, argentino (provavelmente o mais odiado pelos jogadores brasileiros nas últimas décadas), e Gennaro Gattuso, italiano, um desses jogadores que só batem e ainda nos deixam pensando, "pô, se até esse cavalo pode virar jogador e ser campeão da Copa do Mundo, eu também posso"!

Meio-campistas: Zinedine Zidane, francês, que é o meio-campista mais genial que eu vi jogar, mas violento e maldoso (se bem que cavalo que bate em cavalo tem 100 anos de regalo, e pela cabeçada no Materazzi, o Zizu merece ser anistiado), e Maradona, argentino, que cheirava um pó violento (hahaha, só para ter mais um argentino no time).

Atacantes: Wayne Rooney, inglês, da nova geração, joga bola, mas tem cara e atitude de hooligan; e, é claro, Eric Cantona, francês, entre milhares de outras jogadas, pela histórica voadora que ele deu num torcedor (também está no vídeo do link acima).

Novo uniforme do Inter!!


Com todo o respeito ao Internacional de Porto Alegre, esses novos uniformes da temporada de 2008 não ficaram um pouco femininos, não? Se bem que eu acho que o Fernandão vai A-D-O-R-A-R o novo modelito!!!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Seleção Brasileira de Brucutus

Conforme pedido do grande Vinas, vou escalar a minha seleção canarinha formada apenas por jogadores violentos, os famosos brucutus. Na equipe, só entraram "craques" que eu vi jogar, portanto peço desculpas aos saudosos que viram muitos outros cavalos mais importantes do passado.

Goleiro: Fábio Costa
Sim, o mesmo que quase amputou as pernas do colorado Tinga naquele fatídico jogo do Zveitão 2005. Só três pessoas não viram pênalti neste lance: o juízão Márcio Rezende de Freitas, o treinador/delegado Antônio Lopes (e seu olho pisca-pisca) e Vinicius André Dias, o Vinas.

Zagueiros: Júnior Baiano, Tonhão e Antônio Carlos
Time violento que se preze deve ter, no mínimo, três zagueiros. E estes são de dar inveja a qualquer Materazzi da vida. Como além de virulento, é racista, Antônio Carlos seria o capitão do time.

Volantes: Dinho, Sandro Goiano, Cocito e Edinho
Quatro volantes de contenção para não deixar a zaga desprotegida. Não é coincidência que os quatro passaram pelo "delicado" futebol gaúcho. Foi lá que aprenderam a jogar como homem. Edinho, convenhamos, é o craque do time, afinal é o único da seleção a vencer o Mundial de Clubes.

Meia: Julio Batista
Exemplo de meia-atacante. Jogador grande e quase cem quilos de pura massa muscular. Além disso, iniciou a carreira como volante e, sempre que precisar, pode ajudar na marcação.

Atacantes: Didi e Obina
Pra finalizar, dois centroavantes de peso. Didi, grande goleador, campeão brasileiro com o Corinthians, e Obina, que é melhor que o Eto´o.

O treinador, obviamente, é Felipão.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

"Eu sou f***"

A molecada da Copa São Paulo está me surpreendendo. E quem dera fosse pelo talento. O que me chama a atenção é a marra daqueles pentelhos - que nem isso devem ter ainda. Quando fazem gols, os pré-jogadores têm empurrado os colegas que chegam para parabenizá-los, fazendo tipo de "não me toquem, eu sou O Escolhido". Devem ter aprendido com o Romário, que uma vez disse que "o Papai do céu" apontou pra ele e disse "esse é O Cara". A diferença é que o Romário é o Romário e falou a frase depois de anos de futebol, gols e títulos. Hoje, o escroquezinho faz o primeiro gol da carreira e já fica se achando o máximo.
Acabo de ver isso, por sinal. O nome do candidato a fenômeno (ele deve pensar isso, a julgar pela atitude) é Edson Galvão, jogador do Figueirense. O cara fez um gol de falta contra o Palmeiras, na abertura da segunda fase da Copinha. Foi um golaço, é bom que se diga. Na gaveta. Até aí, tudo ótimo. O que estragou foi vê-lo, na comemoração, afastar os colegas de time com as mãos e ficar gritando: "Eu sou f***".
Diante de uma asneira como essa, fica o conselho para os pequenos aprendizes de marrento: vocês podem ser baixinhos, mas não são o Romário.

Está na hora de pendurar as ferraduras!!

O Brasil é o maior celeiro de jogadores de futebol do mundo. E vem se tornando o maior estábulo também. Refiro-me aos jogadores desleais, que só entram em campo para bater nos adversários, os populares "cavalos". O único recurso desses animais são as patadas. Se as dessem na bola, talvez fossem goleadores, como Rivelino, o dono da histórica "Patada Atômica". Ocorre que esses ruminantes não conseguem chegar na bola, subvertem o exemplo do Bigode, e enfiam o pé nos jogadores do outro time. Deveriam estar jogando pólo - na posição do cavalo mesmo.
Jogadores desse tipo, o futebol canarinho sempre teve. Mas eles vêm ganhando espaço, na medida em que a força física ocupa de vez o lugar da habilidade técnica como principal requisito para se vestir o uniforme de um time de futebol. A cavalice está tamanha que sugiro que alguns volantes passem a ser chamados de "rédeas". É mais apropriado.
Sobram exemplos de relinchantes espalhados pelos campos de futebol brasileiros. No ano passado, surgiu até uma aberração da natureza, um cavalo-Coelho, que parece gostar de bater em foca. Fenômenos tristes como esse podem ser vistos na Copa São Paulo, onde alguns daqueles pirralhos, ao invés de dribles, preferem dar cotoveladas.
Se meu amigo Pierino estivesse lendo este post, lá de Milão, eu diria que o futebol brasileiro parece ter aprendido a lição italiana, do mestre Gattuso: "bater, bater, bater, bater, é o melhor para poder vencer". Mas, o fato é que, enquanto eu resmungo, o Pierino tem a chance de ver de perto o verdadeiro talento brasileiro, no Milan, onde Kaká, Ronaldo e Pato (que só é craque porque nasceu no Paraná, e não porque fez uns dois treinos no Inter) começam a dar show.
Ah, vamos fazer o ranking dos 10 jogadores mais cavalos de todos os tempos? Uma seleção mundial e uma brasileira, que tal?

Pontapé inicial!

Bem, amigos da rede global de computadores... Entra em campo um time de fanáticos por bate-bola e bate-boca: é o COLETIVO APRONTO. Para os não iniciados, vale explicar que coletivo apronto (ou coletivo-apronto) é como a crônica esportiva chama o último treino de uma equipe de futebol antes de um jogo. Dito isso, eeeeestáááá valeeeeendoooo!